quarta-feira, 26 de março de 2014

Fenand Léger

Inicialmente cubista, Fernand Léger injetou neste uma sensação de prazer e otimismo ao pintar uma série de composições pequenas e fortemente delineadas em cores primárias, diferentes das sombrias de Picasso e Braque (Farthing, pág. 390).

Georges Braque - Cubismo

Fernand Léger
 

Este artista tem importância para nós brasileiros, já que influenciou Tarsila do Amaral em sua maneira de pintar, foi mestre da artista modernista que viria a dar novos caminhos à arte brasileira.

Tarsila do Amaral


 "O Jogo de Cartas" foi pintado em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. O artista serviu na guerra mas foi hospitalizado ao ser atingido por um gás, então, no hospital pintou este quadro. O que chama a atenção para esta obra é que o artista teve uma visão otimista do futuro frente aos horrores da guerra. As cores são alegres (azul, amarelo, vermelho), um jogo descontraído de cartas, homens robôs com seus metais reluzentes. A experiência que Léger teve na guerra, o contato com máquinas que nunca tinha visto, o brilho de um canhão que o fascinou. A partir desta experiência Léger muda o rumo de sua pintura com uma expressão de exaltação à máquina e à tecnologia. Quando esteve nos EUA, ficou fascinado com os neons de Nova Iorque. Sempre com uma arte alegre e otimista!
Será que temos hoje a mesma visão do futuro? Podemos prevê-lo com otimismo?

O Jogo de Cartas - 1917 - Fernand Léger

 

sexta-feira, 14 de março de 2014

Jan Van Eyck

 

"O Casamento dos Arnolfini" ou "O Casal Arnolfini" são nomes dado à obra do grande artista Jan Van Eyck. Feito em 1434, este quadro revela-nos o significado íntimo de um verdadeiro matrimônio (BECKETT, pág. 64)

 
Artistas desta época apresentavam esmero, eram detalhistas e usavam figuras simbólicas em suas obras.Van Eyck é um deles, ele usa alguns signos para expressar a união de um casal (Giovanni Arnolfini e Giovanna Cenami) com alguns requisitos para um verdadeiro casamento. O cãozinho no centro é símbolo de fidelidade, a posição do casal, onde a esposa repousa sua mão na do marido, indica respeito. A mão erguida do marido é um juramento. As laranjas do lado de Giovanni, abaixo da janela, indicam que ele era um rico comerciante. O espanador dependurado na cama indica que ela deveria ser uma boa dona de casa. A estatueta na cama faz referência à santa Margarida, a santa protetora dos partos, indicando que Giovanna deveria ter filhos (não que ela estivesse grávida, ela apenas levanta sua roupa, mas isto não deixa de ser uma referência à gravidez). O lar deve ser um solo sagrado, pois os tamancos dele e as sandálias dela estão jogados no chão e seus pés estão descalços. A cena é unificada no espelho côncavo da época. Sua moldura contém cenas da vida de Cristo e a imagem refletida apresenta, além do casal, duas outra pessoas, que seriam o artista Van Eyck e uma testemunha oficial do casamento, confirmando, assim, o quadro como uma verdadeira certidão de casamento. Na parede, acima do espelho, em caligrafia gótica o artista assina: Jan Van Eyck estava presente, 1934. Mais uma vez confirmando o artista como testemunha do casamento, que na época podia ser feito em privado, sem comparecimento à igreja. Apesar disto temos, ainda, o mais importante requisito para um verdadeiro casamento: A presença de Deus que por ser Amor, nos ensina a amar; representada pela única vela acessa no lustre acima, acesa em pleno dia. O "olho de Deus" que tudo vê.
Uma grande obra prima!!