sábado, 26 de março de 2016

Isto eu também faço?

 Jackson Pollock

O famoso "artista do respingar tinta". Quando nos deparamos com a obra de Pollock, normalmente o comentário que se faz é: Isto eu também faço. Porém, embora pareça que o artista simplesmente respingou ou atirou a tinta na tela de maneira fortuita, ele garantia que não era bem assim. Pollock afirmava que tudo em suas obras era bem planejado e nada estava ali por acaso. É muito fácil afirmar e pensar: Ah! Isto eu também faço. Por que estas obras valem tanto? Vamos analisar, então, esta questão. Primeiro, o artista Jackson Pollock tem o mérito de ter sido o primeiro artista a utilizar este estilo de arte em suas obras: O Action Painting, ou seja, "pintura de ação" ou Expressionismo Abstrato, como este estilo foi denominado posteriormente, por levar em conta a ação gestual do artista. Na obra abaixo (Ritmo de Outono), por exemplo, Pollock usa cores que evocam o outono, num ritmo alucinante, ele cria estes respingos sugerindo uma tempestade outonal, árvores que balançam e deixam suas folhas pelo chão.


Ritmo de Outono, 1950
 
Já em Mastros Azuis: Número 11, ele sugere com seus respingos oito grandes mastros azuis que balançam em movimento frenético fazendo-nos imaginar embarcações de uma frota que se movimenta em nossa direção.


Mastros Azuis: Número 11, 1952
 
 
Outros artistas depois dele usaram a Action Painting com outras propostas. Ou seja, pegaram o "gancho" com o famoso artista mas sob uma ideia diferente. Como Willem de Kooning com pinceladas mais largas e soltas na criação de suas famosas mulheres.
 
 
 


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